O clima ainda é tenso entre os moradores do Povoado Pedras, em Marechal Deodoro, e a empresa Real Alagoas, que realiza o transporte de passageiros na região. A tensão se deve ao atropelamento seguido de morte do menino Márcio dos Santos Borges, de apenas 11 anos, colhido na manhã de ontem quando se dirigia à escola, na AL 215.
Após o atropelamento, moradores do povoado atearam fogo ao coletivo e interromperam a rodovia por várias horas, impedindo o fluxo de passageiros e veículos, em protesto contra uma suposta demora no socorro do garoto e a alta velocidade desenvolvida pelos coletivos na rodovia, que se tornou área urbana devido à expansão imobiliária.
Nesta terça-feira, dia 30, o clima era de comoção no sepultamento de Márcio Borges. A mãe do garoto, bastante abalada, disse que o filho estava habituado a voltar da escola sozinho e que sua morte deveu-se, segundo ela, à imprudência do motorista do ônibus. Segundo Márcia dos Santos, no momento do acidente o coletivo desenvolvia alta velocidade.
Na noite de ontem, após o anúncio da morte do menor, moradores do bairro apedrejaram outro coletivo da Real Alagoas, deixando alguns passageiros feridos. Na manhã de hoje, a empresa solicitou o apoio da Polícia Militar, que escoltou os ônibus durante parte do trajeto. A informação foi confirmada por funcionários da empresa, que disseram temer novas reações violentas. No final da manhã, no entanto, os ônibus já circulavam sem o aparato policial.
Representantes da Prefeitura de Marechal Deodoro estiveram no local do acidente e informaram que por se tratar de uma rodovia estadual, a instalação de redutores de velocidade cabe ao Estado. A prefeitura informou, ainda, que prestará todo o apoio à família do menor.
Obs: O veículo da foto acima não foi o envolvido no acidente.
Fonte: Alagoas 24Horas
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