Funcionário da empresa de ônibus diz que o incêndio pode ter sido por vingança. Dezesseis veículos foram incendiados
Dezesseis veículos incendiados - 10 ônibus, três caminhonetes L-200 e três vans -e um prejuízo superior a a R$ 2 milhões, foi o saldo de uma possível ação criminosa na empresa Ponto do Ônibus, uma corretora de veículos situada no quilômetro 9 da BR-116, em Messejana, na noite da última quinta-feira.
Segundo os funcionários da corretora, vingança pode ter sido a causa do incêndio na empresa. O caso está sendo investigado pela delegacia do 6º Distrito Policial (Messejana), onde um dos sócios daquela corretora, Waldir Pereira, registrou um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO).
A reportagem do O POVO esteve ontem pela manhã na empresa, onde o quadro é ainda bastante desolador. O incêndio poderia ter sido mais intenso se não fosse a intervenção de seguranças e moradores da área que ainda conseguiram salvar 11 ônibus. Os veículos estavam próximos aos incendiados.
Vingança
Um dos seguranças estava de serviço com mais duas pessoas, quando as chamas surgiram no estacionamento da companhia. Ele disse ao O POVO que uma pessoa teria sido vista atirando um suposto coquetel molotov sobre um dos ônibus, em fila próximo à pista de rolamento da BR-116.
De repente, segundo o segurança, o fogo tomou conta de outros veículos, numa sequência de explosões. O segurança contou que, três dias antes, três pichadores haviam sido flagrados em ação na empresa e, por conta disso, policiais do Ronda do Quarteirão foram acionados. Os pichadores acabaram detidos.
O segurança disse ainda que, próxima à empresa, funciona uma faculdade e alguns alunos já foram abordados por assaltantes. Os segurança, segundo ele, tiveram que agir em algumas ocasiões para ajudar os alunos e inibir os assaltos no local. Por isso, ele suspeita que o incêndio pode ter sido provocado por assaltantes que atuam na área.
O segurança descarta ainda a ideia de um incendio provocado por algum curto-circuito em um dos ônibus, uma vez que todos os veículos em exposição, segundo ele, estão sem as devidas baterias para evitar acidentes ou furtos.
“Só pode ter sido mesmo uma vingança por quem não estava satisfeito com a ação dos seguranças contra pichadores e assaltantes”, afirmou o rapaz, acrescentando que nunca tinha visto um incêndio tão violento como aquele.
A operação de rescaldo terminou por volta das 2 horas da madrugada. O incêndio começou por volta das 21h30min. O fogo se propagou rapidamente de um ônibus para os outros e as chamas por pouco não invadiram o escritório da corretora.
Uma equipe da Coordenadoria de Criminalística da Pericia Forense do Ceará (Pefoce) realizou a perícia ontem pela manhã, no local do incendio. O laudo deverá estar concluído no prazo de 20 dias.
Fonte: O Povo
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