Ônibus sujos, quebrados, assaltados e sem condições de funcionar não são problemas apenas de Santa Rita. Em Bayeux, a realidade é idêntica. Os passageiros reclamam da demora e da superlotação. A técnica em enfermagem Eliane Félix precisa sair de casa antes do nascer do sol para não chegar atrasada no trabalho. “Saio da casa, antes das cinco da manhã, porque pego dois ônibus e passo mais de uma hora nos coletivos. Eles demoram muito e só andam lotados. É um sofrimento diário”, afirma. Vejam aqui mais sobre esse problema da população de Bayeux, na região metropolitana de João Pessoa.
As paradas lotadas de passageiros são alvo fácil para a abordagem dos motoristas de transporte clandestinos. Cobrando os mesmos valores das passagens dos ônibus, eles se tornam opção para quem deseja fugir dos atrasos. A dona de casa Maria de Mercês Silva costuma usar esse serviço irregular, mas revela que não se sente segura. “Prefiro andar de ônibus, mas eles demoram muito”, disse.
As linhas mais reclamadas são as que circulam no bairros do Sesi e da Imaculado, além do aeroporto Castro Pinto. O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Intermunicipais de Passageiros da Paraíba (Setrans/PB), José Augusto Morosini, admite que a frota de Santa Rita e de Bayeux está velha e em quantidade insuficiente para atender a população. No entanto, ele explica que o problema é causado pela defasagem do preço das passagens.
Segundo Morosini, a tarifa cobrada nesses municípios deveria ser a mesma praticada em João Pessoa. Porém, enquanto o valor na capital subiu para R$ 2,20, nas cidades vizinhas, o preço não passa de R$ 1,75. “Essa defasagem tarifária está deixando os empresários sem condições de renovar a frota. Além disso, as empresas sofrem com a concorrência desleal do transporte clandestino”, afirmou.
Fonte: Ônibus Paraibanos
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