O gerente de marketing da empresa Expresso Guanabara, Rodrigo Monte Alverner, falou pela primeira vez nesta quarta-feira, 10, sobre as causas do acidente que vitimou sete pessoas e deixou 15 feridas no último sábado, 7, na BR-230 próximo ao município de Sousa.
Rodrigo disse que entende o sentimento de dor das famílias que tiveram seus parentes mortos no acidente, mas pede a população para analisar os fatos sem emoção, “para não julgar e condenar os outros sem chance de defesa”.
O gerente negou que motorista do ônibus, que também morreu no local, tivesse com sobrecarga de trabalho, pois, segundo ele, o funcionário teve descanso complementar de 19 horas antes da viagem, onde a regulamentação prevista é de pelo menos 11 horas. “O profissional era experiente e não tinha nenhuma reclamação nos nove anos de trabalho na empresa”.
Segundo o gerente, os veículos da empresa são todos monitorados e desmentiu os sobreviventes do acidente, quando afirmaram que o motorista cochilou ao volante. “Nós monitoramos todas as viagens. Os parâmetros de velocidades desse veículo não sinalizou em nenhum instante algo que viesse a levantar qualquer suspeita que o motorista tivesse cochilando como foi veiculado”, disse.
Rodrigo disse ainda que é muito suspeito que até esse momento, não tenha aparecido ainda, o tacógrafo da carreta, que é equipamento obrigatório no monitoramento da velocidade.
“Nos causa estranheza que a carreta não tenha o tacógrafo e o motorista dela ter saído de Petrolina às 13 horas e o acidente aconteceu por volta das 4h30 da manhã, ou seja, era o motorista da carreta que estava com jornada de quase de 16 horas de trabalho”, declarou o gerente.
Ele descartou a possibilidade de que o motorista da Guanabara tenha cochilado ao volante. “Nós descartamos, repudiamos veementemente a informação que o nosso motorista tenha cochilado. Nosso motorista não foi o responsável pelo acidente”, disse.
Ele disse que é normal, que no calor da emoção apareçam várias versões para o fato e voltou a reafirmar que o motorista da Guanabara não foi responsável pelo acidente. “Refutamos o julgamento que estão fazendo da empresa, em base de um depoimento do motorista da carreta”.
O gerente garantiu que mobilizou toda a gerência da empresa, onde 12 diretores estiveram em Sousa no dia do acidente para apoiar as famílias das vítimas.
Rodrigo afirmou que a Expresso Guanabara realizou 130 mil viagens no ano de 2011, mas negou que o número de 15 acidentes ocorridos no ano passado, como foi divulgado por um site do Sertão tenha sido responsabilidade da empresa. “Esse levantamento foi feito de forma irresponsável, pois não houve centenas de vítimas como foi divulgado, porque se fosse assim, a Guanabara não tinha mais cliente”.
Ele disse que o fato de funcionários da empresa terem pintado o ônibus de preto no mesmo dia do acidente é uma prática que qualquer companhia adota. “Fizemos a descaracterização dese ônibus porque ele ainda vai transitar nas rodovias e as pessoas vão está viajando assustadas e não é isso que queremos”.
O gerente informou que o setor jurídico da empresa está tratando com as famílias as questões indenizatórias.
Fonte: WSCOM
Nenhum comentário:
Postar um comentário