30 de julho de 2012

Mais que uma encarroçadora, uma montadora de veículos

Fonte: blog Ônibus Brasil

A Comil entra para uma fase de muito mais que fabricar carrocerias, ser uma montadora de veículos”.

A frase do diretor geral da fabricante, Silvio Calegaro, mostra o que o mercado pode esperar da marca com sede em Erechim, no Rio Grande do Sul, com a inauguração de uma planta na cidade de Lorena, no Interior Paulista. O executivo diz que essa nova fase se dará por conta das tecnologias avançadas que serão aplicadas na produção dos veículos.

Hoje a produção de ônibus como um todo ainda é muito artesanal. Vamos padronizar as formas de construção e montagem das carrocerias, diminuindo as oscilações entre as unidades, mas respeitando a característica do mercado que apresenta necessidades de configurações diferentes entre as regiões” – disse Silvio Calegaro.

O executivo e outros representantes da empresa, o prefeito de Lorena, Paulo Cesar Neme e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinaram ontem no Palácio dos Bandeirantes, na Capital Paulista, o protocolo de intenções para a construção da unidade fabril, no Vale do Paraíba.

Com investimentos na ordem de R$ 110 milhões, o empreendimento deve gerar 500 empregos diretos e mais mil empregos indiretos. Mas a perspectiva do prefeito de Lorena, Paulo Cesar Neme, é que a geração de empregos seja maior ainda com o tempo.

Tenho certeza que a presença de uma indústria do porte da Comil em Lorena vai atrair outros investimentos, empresas da cadeia produtiva. Lorena abre os braços para São Paulo retomar totalmente sua condição de locomotiva do Brasil” – disse o prefeito.

Divulgação Comil

O governador Geraldo Alckmin, em seu discurso, disse que se empenhou para a vinda da Comil para o Estado de São Paulo.

Confesso que raras vezes me empenhei como agora para trazer uma indústria para São Paulo. E a Comil fez uma excelente escolha ao optar por Lorena, uma das mais importantes esquinas do Brasil, com fácil acesso para Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo” – disse Alckmin.

Ele negou que São Paulo, vítima da Guerra Fiscal, que fez o Estado perder várias indústrias, esteja dando o troco com a mesma moeda.

São Paulo tem uma economia de 42 milhões de habitantes. O PIB do Estado é 1,6 vezes maior que da Argentina. Não participamos de Guerra Fiscal. O Estado é atraente e o que fazemos é dar condições para quem quer se instalar, quem quer investir.” – declarou o governador Geraldo Alckmin que anunciou melhorias nas marginais da rodovia Presidente Dutra nas proximidades das instalações.

A localização de Lorena, além dos incentivos, foi um dos principais pontos para a Comil decidir pelo Vale do Paraíba.

A planta vai produzir exclusivamente ônibus urbanos. Cerca de 60% destes veículos feitos pela Comil tem mercado concentrado em São Paulo, Minas Gerais e Belo Horizonte. Os maiores fornecedores de chassis para nossos produtos urbanos estão no Sudeste. A nova fábrica em Lorena fica a 80 quilômetros da MAN – Volkswagen Caminhões e Ônibus (que fica em Resende, no Rio de Janeiro) e 180 quilômetros da Mercedes Benz (localizada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista).” – explica o diretor da Comil Silvio Calegaro que acrescenta: “Os prédios desta nova unidade serão feitos pensando na produção. Não serão prédios ocupados por uma fábrica. Tudo será feito de forma a agilizar a fabricação. Essa unidade do Sudeste já sai com uma vantagem logística pela sua localização. Não para por aí, com processos e produção mais modernos os ganhos para a Comil, os clientes e os passageiros serão maiores ainda” – disse Silvo Calegaro sobre a planta que terá capacidade para produzir até 20 carrocerias por dia. A área ocupada é de 210 mil metros quadrados.

Comil Svelto

O diretor da Comil não descartou a possibilidade de além da linha de urbanos já em produção pela empresa, em breve serem lançados novos modelos e configurações de urbanos na planta de Lorena.

O governador Geraldo Alckmin destacou a importância de a indústria se empenhar em fazer ônibus cada vez mais modernos e confortáveis. “A boa política é aquela que estimula a mobilidade urbana, o transporte coletivo de qualidade. O poder público faz a sua parte e a população também espera ônibus confortáveis e de qualidade” – disse Alckmin.

Mesmo com o mercado desaquecido este ano, por conta das renovações antecipadas de frota devido à mudança de tecnologia de combate a poluição que em 2012, deixou os ônibus e caminhões mais caros, a Comil olha para a frente.

Neste ano, a empresa espera igualar o desempenho de 2011, que foi positivo, ou ter uma queda de no máximo 5% nos negócios. Mas 2012 não pode ser considerado como referência. As perspectivas de médio e longo prazos são positivas por conta da modernização dos transportes nas cidades e da movimentação maior de investimentos gerados por eventos de grande porte, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. E a maior demanda destes eventos será por ônibus urbanos, embora que para outros modelos, o mercado também vai registrar crescimento.

Por isso que com a nova fábrica em Lorena, a capacidade geral da Comil dobra. A planta em Erechim, no Rio Grande do Sul, amplia para 100% a capacidade de fabricação de rodoviários e em Lorena, a empresa terá uma capacidade de 100% para fazer ônibus urbanos.


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