8 de abril de 2013

Estresse afasta motoristas de ônibus da profissão

Sem seguro obrigatório no ônibus e sem paciência ao volante. Para evitar essa mistura perigosa, o motorista Anderson Cabral encontrou a solução: pediu demissão. O estresse começa na hora de pegar o carro, porque há ônibus bons e ruins. Se o ônibus quebra, cobram da gente. Uma vez, o manobrista da empresa quebrou o para-brisa do carro que estava comigo na hora de lavá-lo. Cobraram o prejuízo da seguradora, dele e de mim! Já houve mês em que recebi só R$ 600 diz o ex-motorista de ônibus, que trabalhou por um ano e meio e tinha tripla função:

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Eu era motorista, trocador e mecânico. Os ônibus viviam quebrando. E eu ainda era multado se não cumprisse o horário. Pedindo anonimato, um ex-motorista da Transportes América resume o quadro. Os empresários não têm um pingo de respeito pela gente. Fui embora quando me obrigaram a dirigir um ônibus sem freio. Todos deviam largar isso e deixar os empresários dirigirem diz ele, após 17 anos na viação. 

Rodoviários

Segundo o Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro, existem cerca de 30 mil profissionais na cidade. Desse total, estima-se que 18 mil sejam motoristas. 

Dupla função

Segundo Oswaldo Garcia, secretário nacional de transportes da União Geral de Trabalhadores (UGT) e vice-presidente do sindicato, cerca de 7 mil ônibus estariam circulando sem trocador, com os motoristas assumindo essa função. 

Procura-se motorista

Uma das consequências do estresse e dos baixos salários. Anderson Cabral ganhava R$ 1.648 numa empresa é a debandada dos profissionais das empresas de ônibus. Estima-se que o déficit de motoristas seja de 1.500 no Rio.

Fonte: Fortalbus.com / Extra Rio

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