2 de abril de 2013

Viação Itapemirim: Frota ampliada com 150 ônibus

Mais que um dos herdeiros de um grande grupo econômico, o empresário Camilo Cola Neto aprendeu e herdou do avô Camilo Cola e do pai, Camilo Costa Filho, o faro empreendedor para os negócios. Fascinado com administração de empresas, ele buscou conhecimento em uma das universidades mais conceituadas do mundo, a Franklin College, nos Estados Unidos. Em entrevista, ele conta os planos do Grupo Itapemirim, que vai ampliar a frota com mais 150 ônibus até o ano que vem.

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A TRIBUNA –Quando você começou a se interessar pelos negócios da família?

CAMILO COLA NETO –Meu envolvimento nos negócios da família começou ainda na infância, quando acompanhava meu pai e meu avô Camilo Cola nos trabalhos da empresa Itapemirim.

Nossa família tem como tradição que todos nós façamos um tipo de estágio nas empresas do Grupo Itapemirim para conhecer a fundo nossas atividades. No meu caso,comecei aos 17 anos, antes de ingressar na faculdade. A experiência foi muito rica.

- Qual a sua formação?

Me formei em Administração pela Franklin College, nos Estados Unidos. Quando terminei a faculdade, aos 24 anos, voltei para o Brasil para cuidar de uma empresa de transportes do grupo, em Curitiba.

- Qual foi a primeira empresaem que você trabalhou?

Sempre gostei de motos. Por isso, quando percebemos a possibilidade de crescer neste mercado, meu pai me convidou para iniciar a sociedade na Garinni Motors, uma montadora e revendedora de motos chinesas. Trabalhamos com modelos scooter e esporte. Nossa montadora está em Manaus e temos oito concessionárias no Sudeste e Nordeste do País.

Hoje, temos mais de 12 mil motos comercializadas rodando em todo o País. No entanto, a empresa passa por um momento de transição.

- A empresa vai passar a atuar em um novo mercado?

Através de estudos, identificamos uma área no mercado de motos com muitas chances de crescimento. São as motos de trabalho, voltadas para motoboys e moto-táxi.

Graças aos incentivos do governo, está mais fácil e barato comprar motos. Vamos investir nestas motocicletas de 50 a 250 cilindradas. Para a mudança de mercado e ramo de atuação, vamos aproveitar a estrutura já existente e trazer para o País novos modelos.

A empresa me deu muita base para prospectar novos negócios, aprendi na prática, errando e acertando.

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- E os negócios no mundo do entretenimento ?

Sempre gostei e me identifiquei com a área de entretenimento. O Espírito Santo tem tudo para crescer e se desenvolver. Acreditando neste potencial, decidi investir no ramo.

Para atuar nesta área, conto com o apoio de dois sócios. Em Vitória temos o bar Thale, o menu é inspirado em países como Japão, Tailândia e Índia. Em Guarapari, o Taikô e o S Dining Club. Todos os projetos são ousados, com vasto cardápio e carta de bebidas com drinques, vinhos, champanhes, vodcas e cervejas importadas da melhor qualidade.

- Você está voltando ao Estado para participar de forma mais ativa dos negócios da família. Quais são as expectativas para essa nova fase?

Minhas raízes são muito fortes no Espírito Santo, costumo dizer que nunca deixei o Estado. Voltar a atuar na administração do grupo é um desafio, uma vez que meu avô Camilo Cola fez das empresas o que elas são hoje. Ele criou uma série de processos visando sempre a melhoria dos nossos serviços.

Espero colocar em prática o que aprendi com ele e com meu pai ao longo desses anos.

- Como é o seu relacionamento com os funcionários?

Nosso relacionamento é o melhor possível, as empresas são uma extensão da minha casa. Todos me conhecem e me chamam pelo nome. Temos funcionários com mais tempo de carteira assinada do que eu tenho de idade. Isso demonstra que eles estão satisfeitos.

- Quais são os novos investimentos previstos para o grupo?

Hoje o grupo está focado na Itapemirim, que é nossa galinha dos ovos de ouro presente. Nossos ônibus andam por estradas de Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Curitiba, além do Nordeste.

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Estamos renovando a frota de ônibus, que ficou um pouco defasada. Este ano serão 50 novos ônibus e, no ano que vem, mais 100, um investimento da ordem de R$ 85 milhões.

Os novos modelos serão de marcas que já conhecemos e têm elevado padrão de qualidade, como Mercedes-Benz e Marcopolo.

Estes investimentos estão sendo feitos, pois queremos ganhar mercado num nicho que ainda é pouco explorado: o de transporte dedicado a funcionários e fretamento de ônibus para turismo. São mercados com muitas oportunidades no Espírito Santo.

Na Marbrasa, fizemos investimentos em equipamentos para ampliar a produção de granito e ganhar mais mercado.

- Seus irmãos também fazem parte dos negócios da família?

Minha irmã Andréa Cola trabalha na parte comercial do grupo, somos seis irmãos. Os outros ainda são muitos novos, mas quando chegar a hora também farão estágio na empresa. A sucessão familiar ocorre de forma gradativa, meu avô Camilo acredita que a família deve estar envolvida de forma ativa na empresa.

- O que você aprendeu com seu avô e seu pai?

Não deixar para amanhã o que posso fazer hoje. Meu avô é um visionário em tudo o que faz, ele tem mais pique do que eu às vezes. Também adquiri muito conhecimento de negócios e gestão com meu pai, que é um grande empreendedor.

Fonte: Ônibus Paraibanos

Tomaz Turismo

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Ônibus Paraibanos

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