28 de agosto de 2011

Polícia investiga se ordens de incêndios em ônibus em João Pessoa são de detentos

A Polícia Civil da Paraíba investiga se os quatro ataques a ônibus que aconteceram em João Pessoa em agosto foram ordenados por detentos que estão recolhidos em presídios da capital. Em reunião após os ataques, ficou definido que quatro presos foram identificados e devem ser transferidos para o Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia. No dia 21 de junho, oito presos considerados de alta periculosidade já haviam sido encaminhados da Paraíba para Rondônia.

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As apurações são conduzidas pelo delegado de Danos ao Patrimônio Ademir Fernandes, que já suspeitava da relação desde os primeiros incêndios ocorridos em sequência nos dias 1º e 2 de agosto. Segundo ele, os ataques teriam sido motivados pelas primeiras transferência de presos para o outro estado. Os casos de incêndios mais recentes aconteceram na noite da quinta-feira (25) e na madrugada da sexta (26), todos em bairros da Zona Sul.

O presidente da Associação das Empresas de Transportes Coletivos Urbanos de João Pessoa (AETC-JP), Mário Tourinho, calcula que os prejuízos com os quatro incêndios sejam de mais de R$ 1 milhão. Segundo ele, a reposição da frota custará R$ 260 mil para cada veículo.

Adolescentes suspeitos

O 5º Batalhão da Polícia Militar é o responsável pela segurança nos bairros Funcionários II, Paratibe, Valentina Figueiredo e Bairro das Indústrias, onde aconteceram os ataques. Conforme o tenente-coronel Souza Neto, comandante do batalhão, as descrições repassadas pelos cobradores e motoristas dos dois últimos ônibus levantam mais suspeitas sobre dois adolescentes que já haviam sido detidos por indícios de envolvimento nos dois primeiros casos.

A dupla chegou a ser detida no dia 17 de agosto com um garrafão de gasolina que, de acordo com o comandante, supostamente seria utilizado em nova investida contra transportes coletivos. Porém, os dois menores de idade foram levados para a Delegacia da Infância e Juventude, prestaram depoimento e foram submetidos a um processo de identificação por parte das vítimas, mas foram liberados por não terem sido reconhecidos.

“Desta vez os cobradores e motoristas dos ônibus apontaram eles como os autores dos incêndios”, explicou o tenente-coronel Souza Neto, do 5º Batalhão da Polícia Militar.

Além dos dois adolescentes, as Polícia Militar e Civil apuram se outras pessoas participaram dos crimes. Isto porque, com base nos depoimentos das vítimas, cada ataque foi promovido por pelo menos três pessoas.

O delegado Ademir Fernandes afirmou que segue uma linha de investigação e acredita que nas próximas semanas conseguirá prender os suspeitos. Ele afirmou que está investigando se os dois incêndios foram provocados pelo mesmo grupo e se foram ordenados por presidiários.

Fonte: Paraíba.com.br

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