Além do transporte de passageiros, o ônibus tem diversas utilidades. E uma delas será agora o combate à violência contra a mulher. O Governo Federal que criou o “Programa Mulher, Viver Sem Violência” vai usar mais ônibus em todo o País que servem como delegacias-móveis para registros de ocorrências e conscientização sobre o problema, que ainda é grande no Brasil. A fabricante de chassi, Volkswagen/MAN anunciou que vai fornecer 54 unidades para o programa.
Os ônibus são do modelo VW 15.190 ODR, preparados para circularem em áreas rurais e de difícil acesso. O objetivo do programa é levar atendimento a regiões mais distantes dos maiores centros, desprovidas deste serviço.
Por isso, os veículos são reforçados e possuem configuração semelhante aos ônibus usados no Programa Caminho da Escola, com balanços dianteiro e traseiro (a distância entre os eixos e os parachoques) menores e ângulos da carroceria para aclives e declives mais acentuados. A altura da carroceria em relação ao solo é maior e a suspensão foi reforçada. O interior de ônibus é adaptado para o atendimento das ocorrências contra as mulheres e as ações educativas.
Há duas salas de atendimento, área especial para o motorista e funcionários, notebooks, impressoras, geradores de energia e projetor externo para telão e 50 cadeiras. Os ônibus possuem copa e banheiro, com adaptação inclusive para atender portadores de deficiência.
De acordo com nota da MAN/Volkswagen, serão 54 ônibus. Alguns á estão disponíveis para atendimento:
“Quatro unidades foram entregues no último dia 21 de agosto, pelo Governo Federal às autoridades e trabalhadoras rurais da Jornada das Margaridas, em Brasília (DF). Os ônibus serão utilizados no estado do Goiás e no Distrito Federal, duas unidades para cada estado. A iniciativa faz parte do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.
A Paraíba também já recebeu suas unidades. Ao todo, serão entregues 54 veículos no País, sempre duas unidades para cada unidade da federação, um investimento de R$ 30 milhões. A gestão de logística e o itinerário dos ônibus são de responsabilidade dos governos estaduais e dos municípios-pólo, tendo monitoramento da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) e do Fórum Nacional de Enfrentamento à Violência no Campo e na Floresta.”
Matéria: Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
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