6 de março de 2014

Transporte urbano com alto nível de qualidade

O título deste artigo é o sonho da maioria dos cidadãos das grandes cidades brasileiras, que cresceram sem planejamento algum e agora sofrem com a falta de uma sinergia capaz de promover um desenvolvimento urbano em condições positivas no termo mobilidade. Com um mercado excessivamente privilegiado, o automóvel é o dono das ruas e avenidas, deixando para o transporte público feito por pneus um ínfimo espaço, disputado palmo a palmo a sua operação com outros veículos, resultando em grande insatisfação popular, perdas significativas de tempo e dinheiro, além da qualidade de vida.

É inegável que a atração pelo automóvel particular ainda seja muito maior em relação a opção pelos ônibus urbanos, pois esses veículo continuam a manter uma imagem negativa no cenário das grandes cidades, não oferecendo qualquer aspecto que exerça sedução para que o usuário do carro deixe seu conforto de lado. Trata-se de uma não valorização à prioridade à operação do ônibus, aliado à uma maior comodidade e atratividade, além é claro, da integração com o próprio modal e com outros na categoria do transporte coletivo. As cidades incham e um volume cada vez maior de usuários dos sistemas tendem a ser também a oposição à operação com eficácia. Resta o planejamento como o principal desafio nas maiores cidades do Brasil.

Iveco

Mas há soluções. São mecanismos, que bem implantados, apresentam desempenho operacional, beneficiando toda a mobilidade, desde os elementos mais simples, como as faixas exclusivas, até os corredores estruturados, que promovem virtudes ao espaço urbano. Na transição entre os modelos citados acima, surgiu na Europa uma categoria que promove um padrão intermediário de qualidade aos serviços convencionais. É o BHLS, ou no português, Serviço de Alto Nível de Ônibus, adotando algumas características do nosso conhecido Trânsito Rápido de Ônibus, como a priorização à operação, mas sem a necessidade de construção de vias segregadas fisicamente, por exemplo.

Algumas importantes cidades europeias já adotaram em seus sistemas de transporte público o BHLS integrando-se às redes dos diferentes modais. É interessante notar que esse tipo de serviço pode ser uma solução para cidades que possuem populações variando entre 120 mil até 1,5 milhão de habitantes.

Em poucas palavras, é possível alcançar excelência no modelo de mobilidade urbana, reunindo alguns elementos que possibilitam a melhor eficiência dos serviços de ônibus, como a utilização de veículos atrativos (design e configurações diferenciadas) e maiores, faixas preferenciais, priorização nas interseções semafóricas, pontos para os passageiros dotados de conforto e informações sobre a rede, controle operacional inteligente via tecnologia da informação, marketing e capacitação profissional. Traz ainda como detalhe o baixo custo de investimento e o atendimento à média capacidade de passageiros renovando a imagem, já desgastada, de um sistema que pode ser reformulado e ser considerado uma alternativa viável em colaboração aos outros modais.

O BHLS proporciona a possibilidade da evolução, melhorando em muito o ambiente urbano, racionalizando os serviços e oferecendo aos usuários uma forma rápida de deslocamento, com conforto e integração.

Fonte: Revista AutoBus

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